domingo, 19 de abril de 2009

Fernando Pessoa-Alberto Caeiro

O MEU OLHAR azul como o céu
É calmo como a água ao sol.
É assim,azul e calmo,
Porque não interroga nem se espanta...


Se eu interrogasse e me espantasse
Não nasciam flores novas nos prados
Nem mudaria qualquer cousa no sol de modo a ele ficar mais belo...
(Mesmo se nascessem flores novas no prado
E se o sol mudasse para mais belo,
Eu sentiria menos flores no prado
E achava mais feio o sol...
Porque tudo é como é e assim é que é,
E eu aceito,e nem agradeço,
Para não parecer que penso nisso...)

2 comentários:

Ana Peluso disse...

belo poema do Pessoa!
belo o momento de ontem!
bjs

Célia Garcia Ferper disse...

Belo momento!!!beijos e obrigada